quinta-feira, 2 de junho de 2011

SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL, GÊMEOS SIAMESES E DALTONISMO

SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL

O que é a síndrome alcoólica fetal
 A síndrome alcoólica fetal (SAF), caracterizada por microcefalia, dismorfias craniofaciais e retardo mental, foi descrita em 1968 e ratificada em trabalhos científicos de 1973. Outros sinais e sintomas associados tais como malformação cardíaca e baixo peso, podem estar presentes. A SAF decorre do eventual abuso do álcool durante a gravidez, sendo que, pela intensidade das manifestações, as lesões ocorrem, na forma clássica, predominantemente nos primeiros três meses. 


Considera-se que a ocorrência de aborto e parto prematuro pode ser conseqüência de maior comprometimento fetal como um todo. A incidência de SAF é estimada em um em cada mil nascimentos e o abuso de álcool durante a gravidez produz um risco de 30% a 50% de possibilidade de lesões fetais em relação às mães que não bebem, neste período. Mas o quadro mais problemático é aquele nos quais lesões mais graves não são observadas, mas sim discretas alterações cerebrais. Nestes casos, com o crescimento natural, a chegada da idade escolar e as exigências mais complexas, verificam-se sinais de certa imaturidade cerebral. Estima-se que, nestes casos, muitas crianças possam apresentar distúrbios cognitivos e comportamentais relacionados com pequenas alterações resultantes da ação do álcool sobre o cérebro fetal.
Acredita-se, de acordo com opinião de diversos especialistas, que manifestações neurocognitivas semelhantes à síndrome de déficit de atenção (SDA), com ou sem hiperatividade, possam ser secundárias à ação do etanol sobre o cérebro em formação embrionária. Nestes casos, não seria necessário grande consumo de bebidas alcoólicas pela mãe, mas eventuais abusos ou uso continuado acima do recomendado. Deve-se chamar a atenção para estes casos, pois a crença popular, partilhada por muitos profissionais da saúde, não vê problema no uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez.
Segundo alguns autores, o álcool seria uma das principais causas de déficit neurocognitivo nas crianças em idade escolar, caracterizado, sobretudo, por déficit de atenção e distúrbio de conduta (ansiedade, resistência a absorver regras sociais, compulsividades, irritabilidade, maior dependência). As conseqüências são graves. O baixo rendimento escolar, por exemplo, causando repetência e exclusão da escola, é um dos fatores favoráveis para o surgimento de comportamento anti-social, delinqüência e adesão às drogas e ao crime. Esta situação é evitável pelo trabalho de prevenção.
Portanto, as bebidas alcoólicas consumidas na gravidez podem representar um fator de risco significativo a ser mais bem considerado por todos nós. Já existem centros, como o da Universidade de Washington e o da Universidade de Lille (Centro Hospitalar de Tourcoing), nos Estados Unidos, que vêm desenvolvendo importantes trabalhos neste campo. No Brasil, o problema vem despertando maior atenção, com a vinda de especialistas estrangeiros a encontros organizados por universidades. O Brasil é um dos maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo e aqui a cerveja contém a mesma quantidade de álcool puro por dose-padrão: uma caneca de chope equivale a uma taça de vinho, a uma dose de cachaça ou de uísque.
Características da síndrome alcoólica fetal
Bebês nascidos com a síndrome costumam apresentar malformações na face (lábio superior bem fino, nariz e maxilar de tamanho reduzido, cabeça menor que a média, anormalidades cerebrais (apresentando falta de coordenação motora e distúrbios de comportamento, até retardo mental), malformações em órgãos como rins, pulmões e coração. Quando vão para a escola geralmente enfrentam dificuldades de aprendizado, memorização e atenção.
"As dificuldades de aprendizagem geram problemas muito abrangentes para o futuro da criança. A repercussão é para a vida toda. Elas acabam com menos oportunidades profissionais, de manter relacionamentos afetivos ou fazer amizades".
Crianças que se encontram no chamado "espectro" dos distúrbios provocados pelo álcool podem ter alguns dos problemas descritos acima, porém não chegam a preencher todos os requisitos para classificá-los como portadores da síndrome -- o que nem por isso é menos sério para o seu desenvolvimento.

Existe alguma maneira de prevenir a síndrome?
Sim, a única forma de impedir que seu filho venha a sofrer da síndrome é não consumir bebidas alcoólicas na gestação. E, caso você esteja só pensando em engravidar, já vale parar de beber para não correr riscos (muitas mulheres que consomem grandes quantidades de álcool não menstruam regularmente e por isso às vezes engravidam sem saber), porque o álcool pode causar danos logo nessas primeiras semanas de gravidez, principalmente no cérebro do bebê. Pode até parecer exagero, mas os cuidados com um bebê começam muito antes do nascimento, das noites em claro e trocas de fraldas sujas.
A verdade é que desde o momento em que pensa em ter um filho, uma mulher
precisa preparar seu corpo a fim de ter as melhores chances de gerar uma criança saudável e com todas as possibilidades de crescer feliz e sem limitações físicas ou psicológicas.
"A futura mãe precisa pensar que a gravidez é só o começo da história com aquele filho e tem que decidir como vai ser a relação com ele no futuro. O álcool afeta esta relação para sempre, "Às vezes é difícil não beber, mas é possível e vale por amor a um filho."

GÊMEOS SIAMESES

defeitos de  gêmeos  (vários  tipos   conjugados)
Os gêmeos são classificados em dois grupos principais: gêmeos monozigóticos (univitelinos; idênticos) e gêmeos dizigóticos (bi vitelinos; fraternos). Gêmeos fraternos resultam de dois eventos de fertilização distintos, enquanto que gêmeos idênticos são formados a partir de um único embrião, cujas células se dissociam.


     Os irmãos siameses (gêmeos conjugados) devem ser considerados como casos de gemiparidade incompleta. Correspondem aproximadamente a 1% dos gêmeos monozigóticos. Teoricamente, é possível que dois centros embrionários, localizados muito próximos um do outro, dêem origem a um par de irmãos siameses.
     A variedade mais comum de gêmeos conjugados são os toracópagos, os quais se comunicam ao nível da caixa torácica. A comunicação pode também estar localizada na cabeça, nas nádegas ou, mais raramente, em outras regiões do corpo. Observam-se também casos de duplicação parcial ou completa, exclusivamente da parte superior ou inferior do corpo.
     Os gêmeos conjugados, como os gêmeos monozigóticos de um modo geral, são do mesmo sexo e apresentam elevada incidência de malformações precoces. A porcentagem de malformações precoces graves está em torno de 10 a 20%, deixando-se de lado as anomalias relacionadas com o local de intercomunicação dos gêmeos.
     A probabilidade de ocorrerem certos tipos de malformações precoces situa-se muito acima da porcentagem ditada pelas leis do acaso. Por exemplo, é freqüente a anencefalia (ausência ou atrofia da massa cerebral) nos irmãos siameses dissépalos, geralmente afetando apenas uma das cabeças. Resta esclarecer se este fato é devido às diferenças em relação à irrigação sangüínea das respectivas cabeças em fase precoce do desenvolvimento. O risco de se repetir a anomalia da gemiparidade conjugada (irmãos siameses), numa mesma família, parece desprezível.
     As causas responsáveis pela gemiparidade monozigótica são, na maior parte, desconhecidas. Em famílias, a responsabilidade pode ser atribuída a um ou mais genes, que se transmitem de forma dominante. Pesquisas são realizadas e indicam que fatores ambientais, como a fecundação tardia do óvulo e a administração de drogas, também podem estar associados à gemiparidade monozigótica, podendo resultar em irmãos siameses.
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DALTONISMO
O que é Daltonismo?
O daltonismo (também chamado de discromatopsia) corresponde à incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, principalmente o verde do vermelho. Esta incapacidade normalmente tem origem genética, mas pode também surgir devido outras causas, como por exemplo, lesões no olho ou no cérebro.

O nome daltonismo tem origem em Dalton, químico inglês que era portador desta anomalia. Os portadores desta anomalia apresentam dificuldade na distinção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, enxergando, em vez delas, as cores cinza, amarela ou azul. É possível que esta anomalia seja resultado do mau funcionamento dos cones existentes na retina, provocado pela presença de alelos defeituosos, que não formam pigmentos necessários para a percepção de determinadas cores. A freqüência do daltonismo é muito maior entre os homens (5%) do que entre as mulheres (0,25%). Isso ocorre devido ao fato de os homens precisarem de apenas um alelo para ser daltônicos, enquanto as mulheres necessitam de dois alelos.
Durante séculos, os problemas relacionados com a visão das cores não encontraram mais que soluções e interpretações puramente empíricas. Foi somente por volta de 1801 que o físico inglês Thomas Young formulou, em termos de hipótese, a primeira explicação científica para a sensibilidade do olho humano às cores.

Causas do daltonismo
O daltonismo vermelho-verde é recessivo. Ele está presente no cromossomo X. Os homens possuem um cromossomo X e um Y, então se o cromossomo X carrega a mutação genética do daltonismo, ele será daltônico. As mulheres possuem dois cromossomos X, então elas precisam ter duas cópias para que isso aconteça.
A tritanopia não está ligada ao sexo. É um distúrbio autossômico dominante, mas que também pode ser adquirido. A maioria dos daltonismos adquiridos são casos de tritanopia. O glaucoma, por exemplo, pode causar daltonismo azul-amarelo. Homens e mulheres adquirem tritanopia em igual proporção. O daltonismo completo é autossômico recessivo.
Alguns remédios, como digitais e cloroquina, podem causar daltonismo, assim como também algumas substâncias químicas industriais que causam danos aos olhos.
Algumas doenças que podem causar defeitos na visão em cores são:
Glaucoma
Degeneração macular
Mal de Alzheimer
Mal de Parkinson
Leucemia
Anemia falciforme
Esclerose múltipla

O envelhecimento também afeta a visão em cores. As cores parecem apagar quando envelhecemos.
Infelizmente, não existe cura para o daltonismo. Existem algumas lentes corretivas que ajudam a enxergar as cores, mas elas podem atrapalhar a percepção de profundidade e outros aspectos da visão. Com alguma sorte, o futuro oferecerá opções cirúrgicas ou talvez terapia genética, mas por ora, mecanismos de auxílio é a melhor aposta.
O que o daltônico pode fazer
As frustrações são diárias para as pessoas daltônicas. Elas podem ter uma paleta de cores limitada em seus guarda-roupas, para evitar vestir uma camisa roxa brilhante de uma calça amarela, por exemplo. Para uma criança, gizes de cera sem rótulos são quase inúteis. Mais frustrante, talvez, seja ouvir os outros falarem sobre coisas lindas e coloridas e não ser capaz de enxergá-las.
Testes para daltonismo
O teste mais precisa para diagnosticar diferentes tipos de daltonismo é o anomaloscópio. A pessoa que está sendo testado preciso combinar as cores controlando o brilho de uma luz amarela em parte da tela e uma mistura de luzes vermelhas e verdes no outro lado. Ela ajusta esses elementos até que ambos os lados da tela pareçam ter a mesma cor e o mesmo brilho. Pessoas com visão normal combinam tudo com muita precisão, enquanto as pessoas com deficiência na visão de cores combinam com imprecisão.
Curiosidade
Daltonismo

A primeira menção de daltonismo partiu de John Dalton, no fim do século 17. Dalton era daltônico e pediu que seus olhos fossem examinados após sua morte. Ele afirmou que talvez seus olhos possuíssem matizes de azul e absorviam comprimentos de onda de luz diferentemente de outras pessoas. Algumas vezes, a deuteranopia é referida como daltonismo.

Postados por: Flávia Pereira de Souza

Referencias Bibliográficas
WWW.brasil.babycenter.com › ... › Álcool e gravidez
WWW.globo.com/saude/.../mat/.../286649024.asp
http://10ibruna.blogspot.com/2009_11_01_archive.html
WWW.genetica.com.br/net


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