quinta-feira, 2 de junho de 2011

SÍNDROME DE FELTY, CANCROIDE e GLAUCOMA


SÍNDROME DE FELTY

A síndrome de Felty (SF) compreende a tríade de artrite reumatóide (AR), neutropenia e esplenomegalia, ocorrendo em menos de 1% dos pacientes com AR. A faixa etária predominante é da quinta a sétima década, sendo dois terços dos pacientes mulheres.(1,2,3)
Ocorre em pacientes portadoras de AR de longa evolução, com importante destruição articular e pouca ou nenhuma inflamação, além de manifestações extra-articulares exuberantes, como nódulos subcutâneos, úlceras de membros inferiores (MMII), linfadenopatia, vasculites e neuropatia periférica. Encontra-se fator reumatóide (FR) em altos títulos em 95% dos casos(4). A esplenomegalia é de tamanho variável, não sendo essencial para o diagnóstico(5).
A causa da neutropenia é multifatorial e inclui deficiência da granulocitopoiese e seqüestro periférico de neutrófilos(2). Ocorre aumento de infecções bacterianas em pacientes com Felty, principalmente quando a contagem de leucócitos está abaixo de 500 células/mm3, levando à piora do prognóstico da doença(4).
O tratamento baseia-se em relatos de casos, não havendo estudos clínicos randomizados. O metotrexato (MTX) é a droga de primeira escolha, havendo ainda descrições de benefícios de outras medicações. A esplenectomia reserva-se aos casos refratários ao tratamento clínico.
O objetivo deste relato é discutir a respeito da evolução e do tratamento de uma síndrome que é rara, porém grave.
Incidência
MOBL, sexo feminino, 42 anos, diagnóstico de AR há 20 anos pelos critérios do American College of Rheumatology (ACR), 1987(6) (poliartrite em mais de três articulações; artrite simétrica; artrite em metacarpofalangeanas, punhos e inferfalangeanas proximais; fator reumatóide positivo; rigidez matinal superior a 1 hora), recebendo tratamento irregular em virtude da falta de adesão. Evoluiu com deformidades típicas, como desvio ulnar, dedo em pescoço de cisne, dedo em botoeira e subluxação ulnar bilateral (Figura 1). Não apresentava nódulos subcutâneos, úlceras de membros nem neuropatia.

Causa
Artrite reumatóide, A causa da neutropenia é multifatorial e inclui deficiência da granulocitopoiese e seqüestro periférico de neutrófilos(2). Ocorre aumento de infecções bacterianas em pacientes com Felty, principalmente quando a contagem de leucócitos está abaixo de 500 células/mm3, levando à piora do prognóstico da doença.

DIAGNÓSTICO
A apresentação clínica é geralmente pobre. Como abordado anteriormente, poucos parâmetros clínico-demográficos estão relacionados à presença da SHP. Outros critérios são necessários para o diagnóstico, tais como a gasometria arterial, as provas funcionais respiratórias, o eco cardiograma com contraste, a cintilo grafia pulmonar e a arteriografia.

Fármacos utilizados no tratamento
O tratamento específico para a granunolocitopenia é necessário em pacientes com alto risco de infecção e/ou contagem de neutrófilos abaixo de 1.000/mm2. Entre as opções terapêuticas, destacam-se o MTX, o GM-CFS, o fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CFS), além da esplenectomia. Outras medicações como sais de ouro, ciclosporina A, corticóides (altas doses), carbonato de lítio e leflunomida têm relatos de benefício. Para aqueles com a síndrome sem neutropenia importante (< 1.000 neutrófilos/mm3) ou infecção, não é necessário tr atamento específico.




CANCROIDE

Doença infectocontagiosa localizada, em geral, na genitália externa e, eventualmente, na região anal. Apresenta como sinonímia cancróide, cancro venéreo e cancro de Ducrey1; popularmente, é conhecida como "cavalo". Não foram relatadas alterações fetais provenientes da infecção exclusiva pelo Haemophilus ducreyi durante a gestação.  Quando ocorrem complicações como amniorrexe prematura, há, associadamente, coinfecção gonocócica, estreptocócica (do grupo B), por clamídia ou vaginose bacteriana.1,3,4.

Incidência:
A mulher, freqüentemente, é portadora assintomática. A doença acomete um homem a cada dez a 20 mulheres, em geral, na faixa de 15-30 anos3. A incidência é maior em regiões tropicais e em populações com baixo nível de higiene.4.

Causa:
Agente etiológico e transmissão
A transmissão desta doença é exclusivamente sexual e causada pelo bastonete Gram-negativo Haemophilus ducreyi.

Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico. Pode-se fazer a bacterioscopia corada pelo Gram em esfregaços de exsudato da base da úlcera ou material aspirado do bubão. Nela, observam-se estreptobacilos Gram-negativos com disposição em "cardume de peixe", com positividade de 50%. A cultura revela colônias arredondadas, acinzentadas, que se desprendem facilmente do meio. A reação em cadeia da polimerase (PCR -polymerase chain reaction) é o exame padrão-ouro, apesar de caro e de acesso restrito. A biopsia é raramente empregada e tem utilidade, apenas, para afastar outros diagnósticos.3,4

Fármacos utilizados no tratamento
 Tianfenicol, Tianfenicol, Azitromicina, Ceftriaxone, eritromicina, ciprofloxacina.
Tratamento:
Além dos cuidados locais, como a lavagem freqüente com água e sabão, o paciente deverá ser reexaminado sete dias após o início da terapia, devendo, ao final desse período, apresentar melhora dos sintomas e da própria lesão. São indicadas para o tratamento as seguintes drogas: tianfenicol 500mg 8/8 horas por cinco dias;36,37tianfenicol granulado 5g dose única;38,39 azitromicina 1g via oral dose única;40 ceftriaxone 250mg intramuscular dose única;40 eritromicina 500mg 6/6 horas por sete dias;40 ciprofloxacin 500mg dose única.



GLAUCOMA

O glaucoma é causado por diferentes enfermidades que , na maioria dos casos , levam a um aumento da PIO. O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico. Através da detecção precoce, diagnóstico e tratamento , você e seu oftalmologista podem ajudar a preservar sua visão.
Pense em seu olho como em uma pia , na qual a torneira e o ralo permanecem permanentemente abertos. O humor aquoso está constantemente circulando através da câmara anterior. É produzido por uma pequena "glândula" , chamada corpo ciliar , situada atrás da íris. O aquoso flui entre a lente e a íris e , e após nutrir a córnea e a lente , flui para fora através de um tecido esponjoso e fino chamado malha trabecular , que serve como o ralo ( escoamento ) do olho. A malha trabecular está situada no ângulo onde a íris encontra a córnea.
Quando o ralo da pia entope , o aquoso não consegue deixar o olho tão rapidamente quanto é produzido , causando um fluxo retrógrado. No entanto , como o olho é um compartimento fechado , a pia não transborda ; ao contrário , o fluxo retrógrado causa aumento da pressão intraocular. Chamamos isto de glaucoma de ângulo aberto.
Para entender como o aumento da pressão afeta o olho pense em seu olho como se fosse um balão. Quando muito ar é soprado para dentro de um balão , a pressão aumenta , causando seu estouro. Mas o olho é resistente demais para estourar. Esta pressão aumentada passa a atuar sobre a parte mais fraca do olho , o ponto na esclera onde o nervo óptico deixa o olho.
Como mencinado anteriormente , o nervo óptico é a parte do olho que carrega a informação visual até o cérebro. É formado por mais de um milhão de células nervosas. Quando se eleva a pressão no olho , as células nervosas tornam-se comprimidas , o que as danifica , e eventualmente até causa sua morte. A morte destas células resulta em perda visual permanente. O diagnóstico e o tratamento precoces do glaucoma podem prevenir esta situação.

TIPOS DE GLAUCOMA
Existe uma variedade de tipos de glaucoma.
As formas mais comuns são:
Glaucoma primário de ângulo aberto
Glaucoma de pressão normal
Glaucoma de ângulo fechado
Glaucoma agudo
Glaucoma pigmentar
Síndrome de esfoliação
Glaucoma pós-trauma

Incidecia:
 A estimativa do número de indivíduos com glaucoma em todo o mundo para o ano 2000 foi de 66,8 milhões de pessoas, com cerca de 8 milhões apresentando cegueira bilateral devido à lesão irreversível do nervo óptico(1). As diferentes formas de glaucoma constituem a principal causa de cegueira irreversível nos países industrializados e em desenvolvimento(2).


  • Pessoas acima de 45 anos
    • Apesar de desenvolver-se em qualquer faixa etária, as pessoas acima de 45 anos tem uma chance maior de desenvolvimento.
  • Pessoas com história familiar de glaucoma
    • O glaucoma parece ter predileção por acometer determinadas famílias. A tendência pode ser herdada. De qualquer forma não basta ter uma pessoa na família com a doença para também desenvolve-la.
  • Pessoas com pressão intra-ocular anormalmente elevada.
    • Como já vimos a pressão ocular elevada é principal fator de risco para o glaucoma.
  • Pessoas com descendência africana ou asiática
    • Estas etnias têm uma predisposição especial a desenvolver glaucoma primário de ângulo aberto do que as outras.
  • Pessoas que possuem:
    • Diabetes
    • Miopia
    • Uso prolongado de esteroides (corticóides)
    • Alguma lesão ocular prévia

Causa:
O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico. Através da detecção precoce, diagnóstico e tratamento , você e seu oftalmologista podem ajudar a preservar sua visão.

Diagnostico:

DIAGNOSTICANDO O GLAUCOMA
O seu médico oftalmologista tem as ferramentas diagnósticas necessárias para determinar se você tem ou não glaucoma ou risco para tal, mesmo antes de aparecerem os sintomas.
Vamos falar um pouco destas ferramentas.

O tonômetro
O tonômetro é o aparelho que mede a pressão intra-ocular. Se o médico usa um tonômetro de aplanação seu olho será anestesiado com colírio antes da medição. Você sentara junto ao aparelho conhecido como lâmpada de fenda e um pequeno prisma plástico tocará levemente seu olho a fim de realizar a medição. Um tonômetro de ar dispara um jato pequeno de ar na direção do olho e mede assim a pressão não necessitando anestesia pois não há contato direto com seu olho.
A campimetria
Este teste permite ao seu médico avaliar como e se o glaucoma afetou seu campo de visão. O teste de campo visual é uma importante ferramenta que permite avaliar a extensão do dano sobre as fibras nervosas do nervo óptico. Existem diversos aparelhos que permitem este exame.
Na campimetria computadorizada você será solicitado a permanecer com o rosto apoiado em um apoio e a olhar fixamente para uma luz piloto. Cada vez que outras luzes aparecerem na sua frente você deverá acionar um botão, informando o computador que você a viu. Dessa forma, ao final do teste, seu médico receberá um gráfico ilustrativo do seu campo visual. O perímetro de Goldmman também realiza esta tarefa, porem sem a utilização de um computador.
A oftalmoscopia
O exame de fundo do olho como é conhecida popularmente a oftalmoscopia, permite que o seu medico visualize diretamente através da pupila o aspecto do nervo óptico. A sua coloração e aparência podem indicar se há ou não

Fármacos ultilizados no tratamento de glaucoma
 


Postado por:
André dos Santos Boldrini.

REFERÊNCIAS
1. Balint GP, Balint PV: Felty's syndrome. Best Practice & Research Clinical Rheumatology 18:631-45, 2004.       

2. Pinals RS: Felty's syndrome. Kelley's Textbook of Rheumatology, 7th ed, Chapter 68:1101-04.   

3. Wassenberg S, Herborn G, Rau R: Methotrexate treatment in Felty's syndrome. Bras J Rheumatol 37:908-11, 1998.       

4. Campion G, Maddison PJ, Goulding N, et al.: The Felty's syndrome: A case — matched study of clinical manifestations and outcome, serologic features, and imunogenetic associations. Medicine 69: 69-80, 1990.

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